Por Amanda Pupo
Brasília, 05/11/2019 - O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou nesta terça-feira (05) que, caso áreas do megaleilão da cessão onerosa não sejam arrematadas no evento programado para esta quarta-feira (06), um novo leilão poderá ser realizado em oito ou nove meses. “Vamos realizar essa análise para que possa haver uma repactuação dos dados, recalibrar os dados do leilão”, disse o ministro, ressaltando, por outro lado, que tem “as melhores expectativas possíveis”.
Sobre a desistência de empresas estrangeiras para participar do megaleilão, Albuquerque pontuou que as informações que o ministério tem são as mesmas já divulgadas, e que, como em “todo leilão”, áreas “poderão vir a ser leiloadas ou não”.
O esperado é que poucas empresas tenham cacife para participar da disputa e que se unam em consórcio para dividir custos e risco. Sem muita competição, o ágio deve ser baixo. O leilão pretende arrecadar R$ 106,5 bilhões com bônus de assinatura.
Questionado sobre a possibilidade de o megaleilão não ter forte concorrência, Albuquerque destacou que, para a União, quanto mais concorrência melhor, já que isso se traduz em ágio maior. “Mas vou guardar a ansiedade para ver qual será o resultado”, disse.
Perguntado ainda se esse cenário não traria riscos à Petrobras, o ministro afirmou que a estatal tem “experiência suficiente” para avaliar seu plano de negócio. “Continuo achando que as perspectivas são boas, ao exercer direito de preferência (com Búzios e Itapu), dentro de avaliação de plano de negócio”, comentou, destacando que, dessa forma, já são R$ 70 bilhões garantidos.
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