Por Aline Bronzati
São Paulo, 05/11/2019 - O presidente do Itaú Unibanco, Candido Bracher, afirmou que o banco segue confiante de que conseguirá convergir sua margem financeira com clientes, que compreende os spreads ganhos com a carteira de crédito, para dentro do guidance deste ano, de crescimento de 9% e 12% neste ano. O banco, conforme ele, mira o piso do intervalo. Até setembro, cresceu 7,5%.
Para a carteira de crédito, o banco mira, conforme Bracher, o topo do guidance, de alta de 8% e 11% neste ano. Nos nove primeiros meses do ano cresceu 8,3%, e sem variação cambial a expansão foi de 10,1%.
Em relação às receitas com prestação de serviços e resultado de seguros, conforme Bracher, o Itaú mira entre o centro e o piso do guidance, de alta entre 2% e 5%. De janeiro a setembro, essa linha teve aumento de 3,8%.
No caso das despesas não decorrentes de juros, o banco espera entregar crescimento no piso do intervalo prometido, de alta de 3% e 6%.
"Tivemos um crescimento bem baixo no terceiro trimestre, apesar do efeito sazonal e acordo coletivo no período", avaliou o vice-presidente executivo do Itaú Unibanco, Milton Maluhy.
Ele disse que o programa de demissão voluntária (PDV), com adesão de 3,5 mil funcionários, foi acima das expectativas da instituição, com impacto importante no terceiro trimestre, de R$ 2,4 bilhões ante impostos. "Vamos colher benefícios nos próximos anos", avaliou Maluhy.
Sobre um eventual fechamento de agências, o presidente do banco, Candido Bracher, afirmou que a tendência é de arrefecimento no próximo ano após a instituição ter encerrado 400 unidades neste ano. Ele explicou que o banco tem fechado agências com distância de menos de 500 metros e que permitam a absorção dos clientes por outra unidade sem impacto no atendimento.
Segundo Bracher, esse 'estoque' de agências que podem ser fechadas vai se esgotando. "No futuro, as decisões de fechamento de agências terão uma análise mais profunda para não impactar cobertura geográfica", acrescentou.
Contato: aline.bronzati@estadao.com
