Por Aline Bronzati
São Paulo, 05/11/2019 - A proibição do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) ao Itaú Unibanco e sua controlada Rede, de maquininhas, de exigir que seus clientes tenham conta no banco para antecipar recebíveis em condições diferenciadas não trouxe impacto na atração de novos clientes, conforme o presidente do banco, Candido Bracher. Isso porque, de acordo com o executivo, a medida teria validade a partir de hoje, mas ontem, conforme antecipou o Broadcast, a instituição obteve liminar favorável na justiça que derrubou a suspensão.
Em teleconferência com a imprensa, realizada há pouco, Bracher confirmou que o banco conseguiu uma decisão favorável e que não terá de interromper a ofensiva da Rede na antecipação de recebíveis. Desde maio deste ano, a adquirente passou a oferecer aos seus clientes antecipação de recebíveis em dois dias a taxa zero desde que os mesmos tivessem conta no Itaú para receberem seus pagamentos.
Apesar de o banco ter obtido liminar favorável, o Cade ainda vai averiguar a oferta por parte da Rede. "Temos liminar e podemos continuar trabalhando enquanto discute-se o mérito da questão, oferecendo normalmente nossos serviços enquanto não temos a decisão final com implicações e decisões", explicou Bracher.
Conforme o executivo, o Itaú espera decisão favorável do Cade uma vez que a oferta da Rede melhorou a qualidade do atendimento e segue uma prática de outros players do mercado, que também oferecem maquininhas e contas de pagamentos. "Não vemos diferença relevante ao que fizemos e ao que é feito no mercado. Esperamos decisão favorável a nós, pois estamos fazendo a coisa certa", ressaltou o executivo.
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