Por Daniel Galvão
São Paulo, 17/03/2021 - O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) enfrentaria o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) num segundo turno, caso a eleição presidencial fosse hoje, diz pesquisa do PoderData, divisão de estudos estatísticos do jornal digital Poder360, divulgada nesta quarta-feira (17). Lula ganharia na segunda etapa da eleição com 41%, contra 36% de Bolsonaro. O ex-presidente não foi incluído na sondagem anterior porque ainda estava inelegível.
O ex-ministro e ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) também ganharia de Bolsonaro numa simulação de segundo turno. Ante o levantamento feito há três meses, Ciro subiu de 35% para 39% e o atual presidente, que tinha 44%, caiu dez pontos porcentuais e foi para 34%. A margem de erro a simulação é de 1,8 ponto porcentual. O PoderData entrevistou 3.500 eleitores com mais de 16 anos entre segunda (15) e quarta-feira (17) em 545 cidades dos 26 Estados e Distrito Federal.
Primeiro turno
No primeiro turno, Bolsonaro ficaria com 30% e Lula, com 34%. De acordo com o instituto, haveria um empate técnico no limite da margem de erro. Os números indicam uma polarização, pois os demais virtuais candidatos que foram testados obtiveram menos de 10%
O ex-juiz federal Sérgio Moro (sem partido), cujas sentenças contra Lula na Operação Lava Jato foram anuladas pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), teria no primeiro turno 6%. Ciro Gomes aparece com 5% e o apresentador Luciano Huck (sem partido), com 4%. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), pontua com 3%, assim como João Amoêdo (Novo), e ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM), 2%. Votos em branco e nulos comam 10%, e não sabem, 3%,
Outros cenários
Num segundo turno com Huck, o apresentador teria 40% (38% na última sondagem) ante 37% (44% na anterior) de Bolsonaro, o que configuraria empate técnico. Já Doria e Moro perderiam para o atual presidente. O tucano manteve os 31% da última pesquisa contra 41% de Bolsonaro, que tinha 46% antes. Moro caiu de 36% para 31% e Bolsonaro caiu de 43% para 38%