Por Roberta Jansen
Rio, 30/10/2019 - A diretora-executiva da Anistia Internacional Brasil, Jurema Werneck, cobrou das autoridades mais rigor na apuração do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista Anderson Gomes. De acordo com a diretora, os seguidos vazamentos de informações supostamente sigilosas são “muito graves” e prejudicam a investigação.
“O presidente Jair Bolsonaro, em sua transmissão ao vivo pela internet, apontou o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, como autor do vazamento de informações de uma investigação que corre em sigilo e que foram reveladas pela reportagem”, sustenta a nota assinada pela diretora. “Witzel negou que interferiu nas investigações. Afinal, houve vazamento de informações sigilosas do caso pelo governador? Quem são os responsáveis pelos vazamentos sucessivos de informações sigilosas? Isso é muito grave.”
A nota da Anistia Internacional diz ainda que é “inadmissível que sigamos aguardando respostas concretas e apoiadas em provas sobre o assassinato de Marielle”. “O sofrimento da espera só aumenta com os vazamentos e divulgações imprecisas. Esperamos que esse ir e vir de informações não seja uma estratégia para atrasar ainda mais a solução desse crime bárbaro. Cobramos empenho e transparência de todas as autoridades responsáveis pelas investigações para que se esclareça, de uma vez por todas, o assassinato da defensora de direitos humanos Marielle Franco e de Anderson Gomes doa a quem doer.”