Por Gregory Prudenciano
São Paulo, 30/10/2019 - A Rede Sustentabilidade apresentou nesta quarta-feira, 30, um ofício ao governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), solicitando a inclusão no programa de proteção a testemunhas de um porteiro do condomínio onde o presidente Jair Bolsonaro (PSL) tem casa, na Barra da Tijuca.
Segundo o Jornal Nacional, o porteiro teria dado depoimento à Justiça afirmando que alguém na casa de Bolsonaro teria autorizado a entrada de Élcio Queiroz no condomínio poucas horas antes da execução da vereadora Marielle Franco, do PSOL, e de seu motorista, Anderson Gomes. Queiroz é suspeito de ter participado dos assassinatos.
No ofício, o partido alega que o funcionário do condomínio estaria sob "verdadeira coação moral" do presidente Bolsonaro. Para a Rede, o pedido do presidente ao ministro da Justiça, Sérgio Moro, para que um novo depoimento fosse tomado representa "uma forma de impedir o seu testemunho livre e isento, o que caracteriza uma perseguição pura e simples".
"É cristalino, portanto, que existe um movimento para impedir o testemunho livre e desimpedido da testemunha, situação que merece ação imediata e urgente em favor da testemunha", segue o ofício, que é assinado pelos senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Fabiano Contarato (Rede-ES), além do presidente do partido, Pedro Ivo Batista.
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