Por Daniel Galvão
São Paulo, 20/04/2021 - O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse há pouco que a única coisa que o Brasil não quer é ver a politização da pandemia de covid-19 com a comissão parlamentar de inquérito (CPI) que deve ser instalada na próxima semana. Para Lira, a CPI é "nuvem de fumaça para palanque eleitoral de um lado e de outro". Ele afirmou que neste momento não é hora de "apontar o dedo". "Não defendo e continuo não defendendo momento de instalação de CPI", disse.
"Quem tiver cometido erros vai pagar no seu devido momento, mas o tempo agora é de união, é de trabalharmos juntos, é de votar matérias que produzem efeitos práticos, é de solucionar problemas que são mundiais no nosso País, que a pandemia arrefeça", declarou, ao canal de notícias CNN Brasil.
Segundo Lira, as atenções serão centralizadas na CPI. Governo e Senado vão se mobilizar pela CPI e o Ministério da Saúde, "em vez de procurar alternativas, vai estar centrado em responder à CPI". "Os governadores e prefeitos que receberam os recursos vão estar preocupados, trabalhando para se documentarem para prestar contas à CPI. Tudo no momento inadequado", criticou. Para o presidente da Câmara, o "proselitismo político" tem que ser deixado de lado.
Sobre o discurso que fez em março em que citou "sinal amarelo" e "remédios amargos" - que foi interpretado como um recado ao presidente Jair Bolsonaro -, o presidente da Câmara disse que os "remédios tem que ser dados e mostrados quando há necessidade" e que o "alerta foi muito bem entendido por todos os componentes políticos do País".
LSN
Lira falou também sobre a proposta de revogação da Lei de Segurança Nacional (LSN) e substituição por uma Lei de Defesa do Estado Democrático de Direito, iniciativa que tem o seu apoio. "Que essa lei sirva de exemplo e de roteiro para trilhar os destinos de nossa sociedade com relação à comunicação e aos direitos das pessoas de falar e de se expressar", declarou.
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