O Grupo CCR registrou lucro líquido de R$ 340,2 milhões no terceiro trimestre, cifra 6,9% menor que os R$ 365,3 milhões reportados em igual etapa de 2018. O lucro líquido na mesma base, que desconsidera a inclusão de novos negócios no período e efeitos não recorrentes, somou R$ 352,1 milhões, uma queda de 3% no comparativo anual.
O critério "mesma base" exclui, para comparabilidade dos resultados, os novos negócios, alterações de participação e os efeitos não-recorrentes registrado nos períodos. No caso do lucro líquido, foram retirados das comparações os negócios ViaMobilidade, ViaSul, Aeroporto Internacional de San José, Aeroporto Internacional de Quito e VLT. Também foram excluídas as despesas incorridas no terceiro trimestre de 2018 com assessores legais ligados ao Comitê Independente (R$ 11,3 milhões) e rescisões trabalhistas (R$ 21 milhões).
Segundo a administração da companhia, o lucro do último trimestre foi prejudicado por um efeito contábil de aproximadamente R$ 55 milhões na linha de "Depreciação e Amortização", relacionado à proximidade do fim de duas concessões rodoviárias do grupo: a NovaDutra e a Rodonorte. Também houve aumento nos serviços de conservação de rotina dessas duas rodovias (em aproximadamente R$ 20 milhões). Adicionalmente, o release divulgado pela companhia menciona que o lucro líquido foi impactado por uma baixa não-recorrente de R$ 30,8 milhões referente a imposto de renda e contribuição social diferidos sobre "diferenças temporárias ativas, em razão de análise de recuperabilidade da MSVia".
Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da CCR subiu 21,4% entre julho e setembro frente a igual período de 2018, para R$ 1,527 bilhão. O cálculo do indicador exclui despesas não-caixa com depreciação e amortização, provisão de manutenção e apropriação de despesas antecipadas da outorga. No trimestre, a margem Ebitda ajustada ficou em 63,4%, alta de 3,2 pontos porcentuais (p.p.) na comparação ano contra ano.
O Ebitda ajustado mesma base mostrou alta de 6,2% no comparativo anual, alcançando R$ 1,388 bilhão. Entre julho e setembro, a margem trimestral caiu 0,4 p.p., para 62,9%.
A receita líquida, excluindo a receita de construção, somou R$ 2,409 bilhões, montante 15,3% maior que o verificado no terceiro trimestre de 2018. Já a receita líquida ajustada mesma base atingiu R$ 2,205 bilhões, alta de 6,9% no comparativo anual.
A CCR teve uma despesa financeira líquida de R$ 283,6 milhões no trimestre, 2,7% maior que a apurada em igual período do ano passado.
Pró-forma
Pelo critério pró-forma, que inclui dados proporcionais das controladas em conjunto, o Ebitda ajustado subiu 26,9% entre os trimestres, para R$ 1,607 bilhão, enquanto a margem ficou em 62,1% (+1,8 p.p.).
Nesse critério, o Ebitda ajustado mesma base avançou 5% no terceiro trimestre de 2019 ante o mesmo intervalo de 2018, para R$ 1,443 bilhão. A margem Ebitda ajustada mesma base caiu 0,3 p.p. em relação ao visto um ano antes, para 63,5%.
A receita líquida pró-forma cresceu 17,5% entre julho e setembro no comparativo anual, para R$ 2,588 bilhões. Já a receita líquida ajustada mesma base pró-forma aumentou 5,4% em relação ao anotado no terceiro trimestre de 2018, para R$ 2,272 bilhões.