A francesa LVMH, proprietária da marca Louis Vuitton, fez uma proposta de aquisição à Tiffany & Co, em um momento em que a joalheria americana enfrenta dificuldades com a queda de suas vendas para clientes chineses.
A joalheria é uma marca fundada há 182 anos e ficou globalmente conhecida com o filme Bonequinha de Luxo, com Audrey Hepburn. O movimento dos franceses sobre a Tiffany foi bem recebido pelos investidores. A ação da companhia americana chegou a disparar 30% depois da divulgação dos primeiros comentários sobre a oferta.
O grupo LVMH é um dos símbolos do luxo no mundo, com avaliação de cerca de US$ 200 bilhões.
Também dona de Fendi, Christian Dior, Givenchy e da marca de champanhe Veuve Cliquot, a LVMH tem se destacado há anos como uma das mais bem-sucedidas do setor de consumo de altíssimo padrão. Boa parte desse poder atual vem do êxito em conquistar os clientes chineses.
O grupo está há bastante tempo em busca de maneiras de expandir sua posição no mercado dos Estados Unidos. A companhia fez uma oferta preliminar e não vinculante pela Tiffany no início de outubro. A Tiffany contratou consultorias para avaliar a oferta da LVMH, mas ainda não deu resposta.
O valor de mercado da Tiffany hoje é de cerca US$ 11,9 bilhões. A oferta do grupo francês, que pertence a Bernard Arnault, o homem mais rico da França, ficou bem acima desse patamar. Segundo diversas fontes, a proposta seria de US$ 14,5 bilhões - um número considerado generoso por analistas.
A LVMH não quis comentar, enquanto a Tiffany não responder aos pedidos de comentário.
Dificuldades
Enquanto o grupo francês ainda cresce a passos largos, a Tiffany não tem sido tão resiliente. Além das tarifas que têm sido impostas na guerra comercial entre os EUA e a China, a queda de imposto sobre o consumo no mercado interno chinês também contribuiu para uma retração de dois dígitos nas vendas da joalheria para turistas chineses nos EUA e em outros destinos internacionais. / AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.