Por Tânia Rabello
São Paulo, 01/09/2020 - O presidente da Cosan, Luís Henrique Guimarães, defendeu há pouco que a ilegalidade ambiental no Brasil, em referência a desmatamentos e queimadas, deve ser combatida "de maneira muito dura" e que "há mecanismos para que isso aconteça". O executivo, que participou há pouco de live promovida pelo Estadão, dentro da iniciativa "Retomada verde", acrescentou que, como em todos os setores, há uma "pequena minoria que faz a coisa errada", situação que recai sobre o setor agropecuário como um todo. "É uma pequena minoria que faz desmatamento ilegal; é importante separar essas coisas, temos de ter cuidado para não sermos vilanizados por coisas que são feitas por essa minoria", enfatizou.
Especialmente sobre o setor sucroenergético, Guimarães disse que o Brasil pode se tornar uma "potência verde". "Temos todos os atributos para que isso aconteça, dada a qualidade da nossa matriz energética, que é 45% renovável", citou.
Apesar de críticas de que o Estado brasileiro não estaria tendo, atualmente, boa vontade de combater as ilegalidades ambientais, Guimarães disse que qualquer avanço nesse campo "tem de ser feito com o Estado". "Se o Estado não quer, a coisa não anda, e o Estado quer. Basta ver o Renovabio (a política nacional de biocombustíveis), o Código Florestal. A sociedade também quer."
Guimarães advertiu, entretanto, que, apesar de todas as iniciativas em favor da preservação ambiental, o Brasil "é muito grande e complexo e com desigualdades importantes", além de ter um grupo que "gosta de fazer mal feito". "Basta ver, por exemplo, a questão da sonegação de impostos no País, que é dramática e tira a competitividade de quem trabalha na legalidade", disse, e prosseguiu: "Por isso, é nosso papel como empresa denunciar os maus comportamentos e divulgar os bons comportamentos".
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