Por Julliana Martins
São Paulo, 01/09/2020 - O Brasil exportou em agosto 3,474 milhões de toneladas de açúcares e melaços, 118% mais que o volume embarcado em igual mês de 2019, de 1,589 milhão de toneladas. Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, divulgados nesta tarde, mostram que a receita obtida com a exportação total do setor em junho foi de US$ 961,292 milhões, 0,32% inferior aos US$ 964,383 milhões obtidos no mês de junho, mas cerca de 106% maior que em agosto do ano passado, de US$ 465,049 milhões. O ministério alterou a forma de divulgação do levantamento, que não informa mais os volumes embarcados de açúcar refinado e bruto separadamente. Os dados consideram 21 dias úteis do mês de agosto.
Entre agosto de 2019 e igual mês de 2020, o preço da tonelada do produto diminuiu 5,74%, de US$ 292,60 por tonelada para US$ 276,70 por tonelada. Embora os preços continuem a trajetória de queda na comparação anual, as exportações pelas usinas brasileiras continuam crescendo, refletindo o aumento na produção e também a atratividade da comercialização externa, com a forte valorização do dólar ante o real.
Desde março, com o início da pandemia e a queda nos preços do petróleo, o setor sucroenergético do País iniciou um movimento de maximização da produção do adoçante em detrimento do etanol. O mercado do biocombustível sofreu com uma forte queda nas cotações e no consumo. Desde junho, entretanto, com o afrouxamento das medidas de isolamento social decorrentes do coronavírus, o segmento já iniciou uma recuperação, mas não o suficiente para reverter o mix adotado pelas usinas.
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