Por Tânia Rabello
São Paulo, 31/07/2019 - O setor agropecuário brasileiro ainda tem uma imagem negativa no mundo em relação à sustentabilidade ambiental e isso tem várias razões. Uma delas é que questões ambientais reverberam mais em alguns mercados. “Quem puxa essa fila (de ataques à agropecuária brasileira) é a Europa”, disse o gestor de projetos da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Igor Brandão. “Tudo o que se discute em termos de sustentabilidade na Europa tem repercussão muito grande e esse é um grande desafio para o agronegócio brasileiro”, continua o representante da Apex, que participa de evento da Basf, agora pela manhã, em São Paulo.
Brandão informou que recentemente 28 agentes ligados ao setor agropecuário brasileiro, tanto do governo quanto da iniciativa privada, tentaram fazer um diagnóstico sobre as razões dessa imagem negativa do Brasil no mundo e como encontrar formas de levar a informação correta. “Não é questão de apenas contra-atacar”, disse. “Temos muita informação boa disponível e que nos coloca em uma situação privilegiada. Isso tem de ser divulgado”, comentou. “A ideia é trazer o ‘inimigo’ para o nosso lado.”
De todo modo, Brandão reconhece que o protagonismo brasileiro como grande exportador de commodities agrícolas “sempre vai incomodar”. “Só que, acima disso, tem a questão de trabalhar a imagem do País. Isso é fundamental para ganharmos credibilidade em relação ao que falamos (sobre o agronegócio brasileiro ser sustentável)”, mencionou. Ele citou, por exemplo, que lá fora o Código Florestal brasileiro (Lei 12.651, de 25 de maio de 2012) "é um dos nossos maiores ativos".
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