Florianópolis, SC--(
DINO - 27 set, 2019) -
Existem temas ligados à saúde que são muito delicados e pouco comentados por pacientes, mesmo que estes sofram do problema. A incontinência fecal é um deles. Quando se fala em números é difícil precisar a quantidade exata, pois os dados são muito variáveis, mas estima-se que de 1% a 5% da população mundial sofra desta síndrome. No entanto, esse número é muito maior se avaliarmos o público geriátrico, entre 10% e 15%, e em casos de idosos que vivam em condição de internação aumenta para 25%.
“A incontinência fecal é relativamente frequente, mas é sub-relatada. As pessoas não falam muito que sofrem deste problema, pois acreditam que isso possa causar algum constrangimento”, explica o coloproctologista, Dr. Carlos Sobrado, Professor do Departamento de Gastroenterologia do Hospital das Clínicas e da Universidade de São Paulo. “Na maior parte das vezes o perfil deste paciente são as mulheres, com dois ou mais partos vaginais, a partir dos 50 anos, e a população geriátrica, a partir dos 65 anos”, completa.
O que é a incontinência fecal e como ela pode ser tratada?
A incontinência fecal é a perda da capacidade de controlar a eliminação das fezes em local e momento adequado. O paciente pode ser avaliado com casos leves/moderados ou graves e suas causas são as mais variadas possíveis, desde traumas provocados por acidente, tratamentos de câncer e cirurgias, até enfermidades como AVC, diabetes e esclerose múltipla, bem como o envelhecimento.
O controle da incontinência pode ser feito através de alguns tratamentos, que devem ser avaliados caso a caso. “Em ? dos pacientes o diagnóstico é leve/moderado, não sendo necessária a cirurgia. A incontinência pode ser controlada como medicamentos, mas é paliativo e necessário um acompanhamento. Outra forma de tratamento é o biofeedback, a fisioterapia do assoalho pélvico”, explica Dr. Carlos Sobrado, que já ocupou o cargo de Presidente das Sociedades Brasileira e Paulista de Coloproctologia.
Tratamento Secca:
Entre as alternativas de tratamento para a incontinência fecal, uma começa a ganhar destaque no Brasil, o Secca. Feito de forma ambulatorial, sem a necessidade de internação, o procedimento utiliza energia de radiofrequência que aumenta o tônus anal. “O estímulo da energia de radiofrequência aumenta a temperatura e dilata os vasos, melhorando a função do ânus. Por ser um procedimento minimamente invasivo o Secca praticamente não traz complicações ao paciente e a recuperação é muito mais rápida”, avalia Dr. Carlos Sobrado.
O tratamento funciona da seguinte maneira: O Secca tem um gerador que leva energia para a região anal e estimula o esfíncter. Com a emissão de ondas de radiofrequência a temperatura na região começa a aumentar, dilatando os vasos, estimulando as contrações no intestino e aumentando a concentração de colágeno, o que diminui a flacidez anal.
“O tratamento com Secca tem poucas complicações e é um procedimento muito bom. Vale chamar a atenção que usar radiofrequência não impede que o paciente faça um acompanhamento multidisciplinar, que é extremamente importante”, finaliza o Dr. Carlos Sobrado.
Website:
https://www.restech.com/solutions/secca/