Viena, 01/05/2021 - Diplomatas de alto escalão da China, Alemanha, França, Rússia e da Grã-Bretanha deve retomar as negociações neste sábado para trazer os Estados Unidos de volta ao seu histórico acordo nuclear com o Irã.
A reunião, porém, não contará com um representante dos EUA porque o ex-presidente Donald Trump unilateralmente retirou o país do acordo, conhecido como Plano de Ação Abrangente Conjunto (JCPOA, na sigla em inglês), em 2018. Trump também restaurou e aumentou as sanções para tentar forçar o Irã a renegociar o pacto com mais concessões.
O presidente dos EUA, Joe Biden, quer voltar as negociações e uma delegação do país participa em Viena de conversações indiretas com o Irã, com diplomatas de outras potências mundiais atuando como intermediários.
A administração Biden considera uma reversão de algumas sanções mais rigorosas da era Trump em uma tentativa de fazer o Irã voltar ao cumprimento dos termos do acordo nuclear, segundo informações de atuais e ex-funcionários dos EUA e outras fontes familiarizadas com o assunto.
De acordo com Mikhail Ulyanov, representante da Rússia, antes do início das negociações, os membros do Plano de Ação se reuniram com funcionários da delegação dos EUA, mas a delegação iraniana não estava pronta para esse encontro."Os participantes do JCPOA realizaram hoje consultas informais com a delegação dos EUA nas negociações de Viena sobre a restauração total do acordo nuclear", tweetou Ulyanov. "Sem o Irã, que ainda não está pronto para se reunir com os EUA diplomatas."
O Plano de Ação Abrangente Conjunto prometia ao Irã incentivos em troca de restrições ao seu programa nuclear. A reimposição das sanções dos EUA deixaram a economia da República Islâmica cambaleando. Em resposta, Teerã tem aumentando constantemente as violações das restrições, aumentando a pureza do urânio que enriquece e seus estoques, em uma tentativa até agora frustrada para pressionar os outros países a reduzir as sanções.
Fonte: Associated Press.