Por Julia Lindner e Tânia Monteiro
Brasília, 17/01/2020 - O secretário da cultura, Roberto Alvim, afirmou, no início da tarde, que colocou o cargo à disposição do presidente Jair Bolsonaro. A declaração foi feita em redes sociais. Fontes do Palácio do Planalto, no entanto, afirmam que Alvim já foi comunicado da decisão do presidente demiti-lo.
Na avaliação de governo, a situação estava "insustentável" e as falas do secretário com referências do ideólogo nazista Joseph Goebbels foram consideradas "inaceitáveis".
Em nota, Alvim pediu "perdão" por um erro que classificou como "involuntário". "Tendo em vista o imenso mal-estar causado por esse lamentável episódio, coloquei imediatamente meu cargo à disposição do presidente Jair Bolsonaro, com o objetivo de protegê-lo".
Após receber uma ligação de um interlocutor do presidente sobre o seu afastamento, Alvim esteve no Palácio do Planalto, mas, segundo um assessor, não foi recebido pelo presidente. Mais cedo, em entrevista ao Estadão/Broadcast, Alvim disse que Bolsonaro assegurou que não iria demiti-lo. Depois, à "Rádio Gaúcha", contou que leu o trecho com referências ao ideólogo nazista para o presidente e que ele entendeu que não houve má intenção da sua parte.