Por Pedro Caramuru e Daniel Galvão
São Paulo, 02/06/2021 - O presidente Jair Bolsonaro usou o pronunciamento em rede nacional de televisão e rádio nesta noite (2) para fazer destacar pontos positivos de seu governo. Sem uma linha única, Bolsonaro fez um balanço de ações do Executivo, enquanto o País se prepara para uma eventual terceira onda de contágio da covid-19, e a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado avança sobre membros, ex-membros e conselheiros do Palácio do Planalto que atuaram no combate à doença. Durante o pronunciamento, o presidente foi alvo de panelaços em várias cidades.
Tiveram destaque na fala de Bolsonaro os resultados econômicos do País. Segundo afirmou, o crescimento da economia brasileira deve ser superior a 4% em 2021, aliado a outros indicadores positivos como a geração de 900 mil empregos nos primeiros meses deste ano e o recorde, hoje (2), de pontos da bolsa de valores brasileira.
Bolsonaro abriu o pronunciamento dizendo que sente “profundamente cada vida perdida” no País pela covid-19 e afirmou que, até o fim do ano, “todos os brasileiros que assim o desejarem serão vacinados”. Segundo afirmou, hoje o País ultrapassou a marca de 100 milhões de vacinas entregues pelo Ministério da Saúde para a aplicação em Estados e municípios.
Bolsonaro também destacou acordo assinado ontem entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a farmacêutica AstraZeneca para a transferência de tecnologia e produção de vacinas no País. Hoje, a Fiocruz afirmou que chegaram ao País os bancos de células e vírus para a produção do insumo farmacêutico ativo em território nacional. “Com isso passamos a integrar a elite de apenas cinco países que produzem vacinas contra a covid no mundo”, disse Bolsonaro.
O comunicado do presidente sobre vacinas acontece no mesmo dia em que o governador de São Paulo e desafeto político do presidente, João Doria (PSDB), anunciou que até o fim de outubro o governo do Estado vacinaria todas as pessoas com mais de 18 anos.
O presidente também usou o pronunciamento para voltar a alfinetar medidas restritivas adotadas por Estados e municípios para conter a disseminação do vírus. “O nosso governo não obrigou ninguém a ficar em casa, não fechou o comércio, não fechou igrejas ou escolas e não tirou o sustento de milhões de trabalhadores informais”, afirmou o presidente. No pronunciamento, Bolsonaro destacou os repasses de R$ 320 bilhões para o auxílio emergencial e os “mais de R$ 190 bilhões em ajuda para Estados e municípios”.
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