Política
15/07/2019 13:11

Jorge Oliveira: com certeza, com boa assessoria, Eduardo poderia ser positivo ao país (nos EUA)


Por Teo Cury

Brasília, 15/07/2019 - O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira, disse a jornalistas que o principal 'credenciamento' do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), cotado para assumir a Embaixada do Brasil nos Estados Unidos, é ser filho do presidente da República. O ministro, que foi chefe de gabinete do parlamentar por quatro anos, o elogiou e afirmou que o presidente Jair Bolsonaro ainda não fez o convite oficial ao deputado.

"Eduardo é extremamente inteligente, extremamente perspicaz. E ele, como uma representação política, tem uma força muito grande, teve 1,8 milhão de votos, é filho do atual presidente. E de assessoramento técnico todos nós nos valemos, ninguém é obrigado a ter conhecimento pleno de tudo. E a gente tem um corpo diplomático extremamente qualificado, temos outros profissionais que podem auxiliá-lo. O principal que eu vejo é o credenciamento que ele teria por ser, obviamente, o filho do presidente", disse.

"Com certeza, com uma boa assessoria, com os conhecimentos que ele (Eduardo) já tem, com o preparo que ele já adquiriu, poderia ser, de fato, positivo para o País", continuou Oliveira.

O ministro conversou com jornalistas em frente ao plenário da Câmara dos Deputados, onde participou mais cedo, ao lado do presidente Jair Bolsonaro, de sessão solene em homenagem ao aniversário do Comando de Operações Especiais do Exército Brasileiro (COpEsp).

Em seu discurso de pouco mais de dez minutos no plenário, o presidente reafirmou a possibilidade de indicação do deputado à embaixada do Brasil em Washington. Bolsonaro disse que, como presidente, às vezes toma decisões que não agradam a todos. "Como a possibilidade de indicar para a embaixada dos EUA um filho meu. Se está sendo criticado, é sinal de que é a decisão adequada", afirmou.

O ministro Jorge Oliveira, que acumula também o comando da Subchefia para Assuntos Jurídicos da Presidência, avalia que não há nepotismo em uma possível indicação de Eduardo pelo pai. "Eu respeito a visão de quem entende que haja nepotismo, mas eu discordo. Humildemente, eu discordo. Entendo que não é, porque é um cargo eminentemente político."

"Eu acho que o nepotismo veda ou busca vedar, impedir, que pessoas sejam beneficiadas sem ter as condições para ocupar determinados cargos. Mas também um vínculo de paternidade, um vínculo familiar, não pode ser impeditivo para que as pessoas possam desempenhar suas funções. Mas isso ainda está muito precoce de se definir. E o presidente é muito sincero, muito direto nas palavras. Mas ainda tem um longo caminho a ser percorrido aí", disse.
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