Por Circe Bonatelli
São Paulo, 14/07/2019 - Pesquisa Datafolha divulgada na noite deste domingo (14) mostra que o projeto de lei do governo de Jair Bolsonaro (PSL) que afrouxa a fiscalização de trânsito tem alguns itens que são reprovados pela maioria da população.
Entre os pontos que foram abordados pela pesquisa Datafolha está a previsão de fim da multa para transporte de crianças sem cadeirinha nos veículos. Neste caso, 68% dos entrevistados se disseram contra o fim da multa, 30% a favor, 1% afirmou ser indiferente e 1% não soube responder.
Outro item abordado foi o plano de aumentar de 20 para 40 o limite de pontos da carteira de habilitação. Aqui, 56% dos entrevistados afirmaram ser contra a ampliação da pontuação, 41% a favor, 1% indiferente e 3% não souberam responder.
Em relação à possível retirada dos radares de velocidade nas estradas, 67% disseram ser contra, 30% a favor, 1% indiferente e 2% não souberam responder.
De acordo com a pesquisa, 41% disseram acreditar que as propostas para o trânsito feitas pelo governo Bolsonaro tornarão o trânsito mais violento, 36% acham não mudará a situação, 20% acreditam que tornará o ambiente mais seguro e 3% não souberam responder.
A pesquisa Datafolha entrevistou 2.006 pessoas com 18 anos ou mais em 130 municípios brasileiros nos dias 4 e 5 de julho. A margem de erro máxima da pesquisa é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%.
O presidente Jair Bolsonaro entregou à Câmara dos Deputados, no início de junho, o projeto de lei que altera diversos pontos no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). A proposta dobra o número de pontos para a suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de 20 para 40. E também duplica a validade do documento, passando para dez anos.
Segundo o projeto, o uso dos assentos especiais para crianças continua obrigatório, mas a multa de R$ 293,47 seria trocada por apenas uma advertência. Entre os planos do presidente também está o de extinguir radares móveis nas estradas. A proposta também tira a exclusividade do Detran em emitir o atestado de saúde para a carteira de motorista e impõe o fim da exigência de exame toxicológico para motoristas profissionais, entre outros pontos.
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