A Petrobras não apresentou oferta em duas das áreas em que havia exercido direito de preferência na 6ª Rodada de Partilha - Norte de Brava e Sudoeste de Sagitário - porque havia definido que manteria sua participação em 30% e não conseguiu fechar parcerias para formar consórcios nessa configuração nos blocos, afirmou o diretor executivo de Exploração e Produção da companhia, Carlos Alberto Pereira de Oliveira. "A gente tinha limitado nossa participação desde o início em 30%. Sempre fazemos uma avaliação da condição de retorno, de risco, de financiabilidade", explicou.
A estatal levou apenas 80% de um dos cinco blocos ofertados, o de Aram, em consórcio com a chinesa CNODC (20%), sem ágio, pagando bônus de assinatura de R$5,05 bilhões e se comprometendo com investimentos de R$ 278 milhões.
Oliveira voltou a reforçar o discurso de manutenção das metas de redução de dívida e da alavancagem feito na véspera pelo presidente da companhia, Roberto Castello Branco. "(vamos financiar) Dentro da mesma perspectiva que foi traçada ontem: caixa da companhia e também, se necessário, (usando) linhas de financiamento que já estão contratadas", disse, lembrando que a Petrobras receberá ainda o pagamento de diferimento por CNOOC e CNODC, suas parceiras nos dois leilões dessa semana.
O executivo antecipou que a Petrobras deve dar início aos primeiros trabalhos de sísmica em Aram já em 2020.
A avaliação de Oliveira é que a Petrobras foi vitoriosa nos leilões e fez aquisições muito importantes para a recomposição de seu portfólio tanto no leilão de excedente da cessão onerosa quanto na 6ª Rodada de Partilha.
"Durante muito tempo, inclusive por questão da própria dívida alta da companhia, a gente teve que reduzir os investimentos exploratórios. A aquisição de ontem e de hoje também dá pra gente uma boa expectativa de recomposição de reservas", afirmou.