Por Fabiana Holtz
São Paulo, 08/11/2019 - A produção de celulose do Brasil (em volume) recuou 5,1% no acumulado do ano até setembro em relação ao mesmo período de 2018, somando 15 milhões de toneladas, de acordo com dados divulgados há pouco pela Indústria Brasileira de Árvores (Ibá). Na mesma base de comparação, as exportações do insumo registraram leve queda de 0,4%, somando 11 milhões de toneladas vendidas.
Somente no mês de setembro a produção diminuiu 9,1% em relação ao informado um ano antes, para 1,632 milhão de toneladas, enquanto as exportações recuaram 9,5%, somando 1,028 milhão de toneladas.
O consumo aparente de celulose caiu 14,1% no acumulado do ano, para 4,237 milhões de toneladas. Em setembro, apenas, a queda no consumo aparente ficou em 7,5% no comparativo anual, para 671 mil toneladas.
Nos primeiros nove meses de 2019, a produção de papel atingiu 7,8 milhões de toneladas, apontando acréscimo de 1% ante igual período do ano anterior, com destaque para os segmentos de papel para fins sanitários (com alta de 6,6%) e papel cartão (avanço de 2,3%). Na mesma base de comparação, as exportações de papel (em volume) apresentaram expansão de 7,9%, para 1,6 milhão de toneladas. No mercado doméstico, as vendas de papel caíram 0,8% no comparativo de janeiro a setembro, totalizando 4 milhões de toneladas.
Já as vendas de painéis de madeira (em volume) no mercado doméstico cresceram 0,5% entre janeiro e setembro ante igual período do ano anterior, para 5 milhões de metros cúbicos. As exportações desse insumo, que tem a América Latina como principal destino, diminuíram 9,3% na mesma base de comparação, para 870 mil metros cúbicos.
Balança Comercial
As exportações de produtos florestais somaram US$ 7,752 bilhões nos primeiros nove meses de 2019, indicando queda de 2,8% frente ao mesmo período do anterior. Em valores, as exportações de celulose caíram 3,7% na mesma base de comparação, somando US$ 6,049 bilhões, as de papel aumentaram 2,4%, para US$ 1,5 bilhão, e as painéis de madeira diminuíram 12,8%, somando US$ 197 milhões.
Como resultado a balança comercial do setor fechou o período com um saldo positivo de US$ 6,948 bilhões, 2,8% inferior ao registrado nos primeiros nove meses de 2018. A representatividade da balança do setor, que em junho estava em 5,1%, diminuiu para 4,6% do total das exportações brasileiras. As exportações de celulose para a China - o mais importante destino do setor de celulose brasileiro - diminuíram 1,6% no mesmo comparativo, para US$ 2,585 bilhões (FOB).
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