Por Flavia Alemi
São Paulo, 04/11/2019 - A compra da Clinipam dará condições ao Grupo NotreDame Intermédica (GNDI) de explorar com mais assertividade a região Sul do País. A aquisição foi anunciada na sexta-feira, 1, é movimentará R$ 2,6 bilhões.
Com a forte presença da Clinipam principalmente em Curitiba e no interior de Santa Catarina, a expectativa, segundo os executivos do GNDI, é expandir a operação para o resto do Paraná e também começar a olhar para o Rio Grande do Sul. A expectativa é de que a compra seja concluída no primeiro trimestre de 2020.
"Estamos prontos para expandir naquela região de forma orgânica e inorgânica, por meio de outras aquisições", afirmou o CEO, Irlau Machado Filho, em teleconferência com analistas. "Com certeza vamos ter fusões e aquisições adicionais".
Segundo o executivo, a GNDI não deverá ter problemas para obter a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), uma vez que a companhia não tem sobreposição no Sul.
Em Santa Catarina, a expansão deve permanecer voltada ao interior do Estado. "Esperamos entrar em Joinville e Blumenau antes de Florianópolis", disse Irlau.
Dentre as expectativas do GNDI com a aquisição está o aumento de internações hospitalares nas suas redes próprias, hoje num patamar de 47%. A intenção é chegar a 71%.
Dos R$ 2,6 bilhões que serão gastos na compra pelo GNDI, R$ 2,250 bilhões serão pagos à vista, em dinheiro, na data de fechamento da operação. Outros R$ 200 milhões serão pagos mediante a emissão e entrega de 3.365.870 ações de emissão da companhia, equivalente a um preço de R$ 59,42 por ação. Outros R$ 150 milhões irão para uma conta para contingências futuras.
Como a compra foi feita por meio do Hospital Intermedica Jacarepaguá, controlado indiretamente pela GNDI, não haverá necessidade de votação em assembleia para aprovação do acordo.
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