Por Karla Spotorno
São Paulo, 29/10/2019 - O aumento do número de pessoas físicas no mercado de ações brasileiro vai ser “traumático” e vai deixar muita “gente machucada” com eventuais perdas e movimentos de massa. A previsão é do sócio e gestor da Alaska Asset Management Henrique Bredda, que participa nesta tarde do Money Talks, evento da plataforma digital Modalmais. Bredda estima que, no fim do ano que vem, haverá 3 milhões de Investidores pessoa física na Bolsa, exatamente o dobro do número atual.
Empurrado para ativos de maior risco por causa da Selic baixa, o investidor pessoa física tem sido impactado por oportunistas em redes sociais que oferecem “dicas” e argumentam que é “fácil ganhar dinheiro no mercado”, segundo Bredda. “É difícil combater esses ‘fraudadores’ e há vários deles no Instagram. A única forma que vejo é ‘crowdear’ as redes com boa informação”, diz Bredda, um tuiteiro bastante ativo e com mais de 79 mil seguidores. “Só informação de qualidade e educação financeira podem combater esse movimento e reduzir o tamanho do trauma. E temos de dar um voto se confiança no brasileiro, que aprende rapidamente”, diz Bredda.
“O que eu faço para os meus investimentos, eu não recomendo a ninguém. Não existe fórmula que é adequada para qualquer pessoa. É como medicina ortomolecular, que tem um remédio diferente para cada pessoa”, disse o gestor, argumentando que aceita bastante risco. “Quem está estreando no mercado de ações deve começar devagar, aplicando uma parcela bem pequena”, disse o gestor.