São Paulo, 05/07/2019 - O Ministério da Agricultura proibiu a venda de azeites de oliva de seis marcas após a fiscalização ter encontrado produtos fraudados e impróprios ao consumo. Em nota, a pasta diz que até a próxima segunda-feira (8), deverão ser recolhidos dos supermercados e atacados de todo o País os azeites das marcas Oliveiras do Conde, Quinta Lusitana, Quinta D’Oro, Évora, Costanera e Olivais do Porto. "O Ministério está intimando as redes varejistas e atacadistas (onde foram encontrados os produtos fraudados) a informar os estoques existentes, sob pena de autuação em caso de omissão de informações. Os responsáveis pelas marcas são Rhaiza do Brasil Ltda, Mundial Distribuidora e Comercial Quinta da Serra Ltda", diz o MInistério.
A fiscalização do Mapa encontrou produtos fraudados em oito estados, de Alagoas a Santa Catarina. Foram analisadas 19 amostras do Oliveiras do Conde; oito do Quinta Lusitana e duas da marca Évora. Da Costanera e Olivais do Porto, foram encontrados rótulos em uma fábrica clandestina, em Guarulhos (SP).
Conforme o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov) do Ministério, Glauco Bertoldo, a operação foi realizada em 12 de maio, pela Delegacia de Polícia de Guarulhos (Demacro - PC/SP), que descobriu uma fábrica clandestina de azeites falsificados, com mistura de óleos, sem a presença de azeite de oliva. "Atualmente, o azeite de oliva é o segundo produto alimentar mais fraudado do mundo, perdendo apenas para o pescado”, alerta o diretor. Glauco Bertoldo adverte que a adulteração e falsificação de azeite de oliva, além de ser fraude ao consumidor, é crime contra a saúde pública.