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DINO - 09 out, 2019) -
O mercado mudou, novas relações de trabalho foram criadas e cada vez mais surgem novos empreendedores. Diante deste cenário, quem deseja começar o próprio negócio fica ao mesmo tempo esperançoso, receoso e se pergunta: como está o mercado para empreender?
Afinal, ainda tem espaço para mais gente? Como se destacar e ser inovador na hora de oferecer um serviço?
Para responder a essas perguntas, o professor adjunto do Departamento de Empreendedorismo e Gestão da Universidade Federal Fluminense (UFF), Gabriel Marcuzzo.
Cenário brasileiro
Após alguns anos em profunda crise financeira, o Brasil começou a respirar um pouco mais aliviado novamente. De acordo com o
programa de pesquisa mundial GEM (Global Entrepreneurship Monitor) 2018, cerca de 52 milhões de brasileiros são empreendedores.
O resultado foi o de 2º melhor do país desde quando o levantamento começou a ser realizado em 2001.
Além disso, ao realizar a comparação entre os membros do BRICS – grupo econômico de países emergentes que o Brasil faz parte junto com Rússia, Índia, China e África do Sul -, o país teve o melhor desempenho.
O
Portal do Empreendedor conseguiu detectar, ainda, a faixa etária dos empreendedores atuais. A maior parte dos brasileiros tem entre 25 e 34 anos.
De acordo com
levantamento de dados do site de comparação de faculdades e oferta de bolsas de estudo Quero Bolsa, baseado em dados do Censo INEP 2015, a média de idade dos alunos que cursam áreas relacionadas a negócios é de 23 anos.
Em relação ao ensino de gestão, negócios e empreendedorismo nas universidades brasileiras, Marcuzzo é cauteloso e faz um alerta:
"A grande maioria dos programas de graduação em nosso país estão muito desatualizados e não oferecem conteúdos sobre empreendedorismo. É preciso aumentar, e muito, o senso de urgência dos gestores de universidades públicas e privadas do Brasil para reduzir o gigantesco abismo de competitividade que vivemos em relação aos países mais desenvolvidos. A impressão é que muitos gestores de universidades estão acomodados e simplesmente não se preocupam com competitividade", afirma Gabriel Marcuzzo.
Desafios e erros dos empreendedores
Começar um novo negócio não é fácil, além do medo de não dar certo, existem desafios comuns a todos que chegam no mercado para empreender. De acordo com o professor, quatro deles se destacam mais.
“Os maiores desafios são a falta de capacitação do empreendedor, complexidade burocrática, ineficiência do governo e, principalmente, as altíssimas taxas de juros para crédito”, afirma.
Já em relação aos erros, o guru do empreendedorismo
Neil Patel aponta a falta de planejamento, constantes mudanças de estratégias, falta de atitude, fazer muitas ofertas, não terceirizar o suficiente e trabalhar demais como erros comuns de empreendedores.
Marcuzzo reitera a falta de planejamento e acrescenta, também, a falta de pesquisa. “Todo empreendedor deveria realizar uma pesquisa de mercado para propor, discutir e refinar o modelo de negócios da futura empresa”, afirma.
Como será o mercado para empreender no futuro?
Gabriel Marcuzzo acredita que a partir de 2020, o Brasil começará a receber novamente investimentos estrangeiros. “A partir dos investimentos e retomada de grandes projetos, acredito que ótimas oportunidades poderão surgir, sobretudo no setor de serviços”, completa.
Um ponto destacado pelo professor é o crescimento das startups. Ou seja, empresas novas, geralmente de bases tecnológicas, que apostam na inovação para melhorar modelos de negócios e formas de serviços.
“Startups brasileiras como Nubank, PagSeguro, QuintoAndar, Banco Inter, 99, Stone e GymPass, já começaram a receber grandes aportes de investimentos de instituições estrangeiras que percebem o Brasil como um mercado com um gigantesco potencial de crescimento no médio e longo prazo”.
Além disso, levando em conta que a maioria dos novos empreendedores têm idade universitária, Marcuzzo indica contato com o
Ajuda MEI. Esse é o maior projeto de extensão universitária do Brasil com foco no microempreendedor com atendimento online ou presencial.
“É preciso coletar dados sobre o negócio, buscar o apoio e orientação de profissionais qualificados e também é necessário modelar o negócio antes de iniciar a implementação”, conclui.
O que é e quais são os benefícios do MEI?
MEI ou microempreendedor individual é a forma mais barata e fácil de se abrir uma empresa. Todo o processo pode ser feito online, sem tantas burocracias.
Para entender o passo a passo, consulte o
Portal do Empreendedor.
Entre os benefícios estão a abertura de conta jurídica, emissão de nota fiscal, regime tributário simplificado e linhas de crédito específicas.
Apesar da maior parte dos empreendedores terem entre 25 e 34 anos,
de acordo com o Portal do Empreendedor, a maior concentração de MEIs do país tem entre 31 e 40 anos.
Oportunidade de negócio
Reforçando a orientação de Marcuzzo, é fundamental realizar uma ampla pesquisa de mercado e, depois, coletar o máximo possível de detalhes sobre o negócio escolhido.
Um dos
5 melhores setores para se investir é o de mobilidade urbana.
Apesar dos números altos dos grandes players, dois pontos chamam atenção. O primeiro é que, no Brasil nem 10% das cidades recebem o serviço deles.
O segundo ponto é o preço. Em
pesquisa realizada pela Driver Machine com passageiros do app, foi constatado que 67,5% deles trocariam os grandes aplicativos por um app regional mais barato.
Logo, alinhando a falta do serviço diversas cidades brasileiras, e com a possibilidade de troca por um preço mais justo, surge um novo mercado para empreender: o de aplicativos regionais.
A
Driver Machine entrega um app para o motorista, outro para o passageiro e uma plataforma administrativa online. Além de oferecer suporte técnico e manutenção. Assim, após desenvolver o aplicativo, ela mantém contato com os gestores e cuida das atualizações do sistema.
Conheça a
história de vários empreendedores que estão tendo sucesso pelo país usando a tecnologia Driver Machine.
Website:
https://drivermachine.com.br/