Desde sempre no imaginário popular quando se fala em obra ou em construção civil, um tripé veem à mente: cimento, areia e água. Embora essa "receita" ainda seja de grande importância, cada vez mais a tecnologia empregada na produção dos materiais utilizados nas obras Brasil afora, tem transformado o setor. Mais que isso, a tecnologia tem possibilitado gerir melhor os recursos, sejam eles materiais ou humanos.
Para Paulo Santos, 50 anos, engenheiro, especializado em tecnologia da construção civil, um grande exemplo de que uma visão holística tem sido cada vez mais importante no setor é o Estádio Magalhães Pinto, mais conhecido como Mineirão. “Coordenar uma obra dessa importância exigiu uma logística eficiente, sem desperdícios, aproveitando materiais recicláveis e a utilização de metodologias de concretos especiais para reforço estrutural, o que gerou economia no custo de orçamentos para as empresas”, destaca.
Santos foi um dos responsáveis pela reforma do Gigante para a Copa do Mundo de 2014. "Por ter sua fachada tombada, um dos desafios da revitalização interna foi a relação urbanística do Novo Mineirão com o Complexo Turístico da Lagoa da Pampulha e sua vizinhança. Procuramos intervir de forma respeitosa à topografia original da década de 60, mas radical levando em conta as demandas durante a Copa e também seu impacto como um legado autossustentável para a cidade”, completa.
Com mais de 23 anos de experiência, Paulo tem em seu histórico profissional grandes obras, sendo responsável por orçamentos que muitas vezes ultrapassam a casa de R$60 milhões. "O fato de buscarmos sempre trabalhar com um time eficiente, com materiais de qualidade, mas de olho no budget, fez com que nos tornássemos referência no setor".
De olho no 5G
Uma frente que não para de crescer é a de estações de rádio base para telefonia. Só nesta área, Paulo comandou instalações para a VIVO e Telemig Celular.
Com a chegada da tecnologia 5G nos Estados Unidos e a crescente disputa com países como o Japão, Santos entende que a experiência acumulada até aqui pode e certamente possibilitará que ele atue naquele país, em breve. "Esse é meu objetivo agora, a América certamente é um mercado que tem muito a crescer, podemos potencializar os processos construtivos, com soluções mais econômicas e em harmonia com o meio ambiente", finaliza dando a dica de qual será sua próxima empreitada.
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