Por Caio Sartori
Rio, 10/03/2021 - Na avaliação do vice-presidente nacional do PT, Washington Quaquá, o discurso desta quarta-feira do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi “primoroso” e jogou luz sobre o papel que ele deve ter a partir de agora. “A tendência é de que Lula catalise o sentimento da política”, aponta o ex-prefeito de Maricá, cidade na região metropolitana do Rio.
Para Quaquá, o fato de Lula ser o possível candidato do partido muda a dinâmica das conversas que miram 2022. Enquanto outro nome precisaria fazer um esforço maior para construir pontes até formar uma aliança, o ex-presidente faz com que isso se dê de forma espontânea.
“O Lula é uma força da natureza, uma liderança comprovada. E a força da natureza se autoimpõe”, diz. “Basta ver o posicionamento do Rodrigo Maia. O poder do Lula vai desde políticos da centro-direita até a esquerda brasileira.” Ou seja, o ex-presidente atrairia naturalmente representantes dos setores político e econômico até uma definição mais clara de como seria uma aliança para a eleição.
Sempre defensor de que o PT amplie o diálogo - indo, assim, além da esquerda -, Quaquá comemora neste sentido a volta de Lula ao jogo, já que a conciliação seria um movimento intrínseco ao modo de fazer política do ex-presidente.
“A gente (PT) vinha às vezes com um discurso de esquerda muito histérico e estéril. A vinda dele para o game muda completamente o negócio. Ele vai ampliar de qualquer jeito; socialmente vai ampliar. As forças políticas e econômicas virão. Vai unir o país de qualquer maneira. Não vai ser uma candidatura só de esquerda”, vaticina o vice-presidente da sigla.
