Por: Anne Warth
Brasília, 26/06/2019 - O ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Joaquim Levy disse há pouco que a instituição não tem nada a esconder. A resistência em "abrir a caixa preta" do banco é uma das causas de sua saída do banco, anunciada num domingo, 16 de junho, um dia depois de o presidente Jair Bolsonaro dizer que ele estava com a "cabeça a prêmio".
"Acho que fiz esforços de sucesso em comunicar tudo que acontece no BNDES", afirmou, em depoimento na CPI do BNDES, na Câmara dos Deputados. "Obviamente esse esforço de comunicação do BNDES tem que melhorar", admitiu.
Para ele, embora haja acesso às informações por especialistas, a população, de forma geral, tem dificuldades para entender dados e indicadores do banco.
Levy disse que o banco não tem nada a esconder e que hoje há compartilhamento total de recursos com o Tribunal de Contas da União (TCU), Controladoria-Geral da União (CGU), Ministério Público Federal (MPF) e, agora, com a CPI.
Ele frisou que o grau de transparência que o BNDES tem hoje é algo que poucos bancos possuem. "O problema da caixa preta é que ela tem vários sentidos", disse, referindo-se à caixa preta de aviões, que normalmente é acessada para explicar as causas de um acidente. Nesse sentido, ele disse que "o BNDES tem uma história registrada".
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