Por Mateus Fagundes e Gabriel Wainer
São Paulo, 16/4/2019 - O ex-ministro Ciro Gomes (PDT), terceiro colocado na eleição presidencial de 2018, defendeu em evento na Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira, 16, uma oposição propositiva ao governo de Jair Bolsonaro. Para ele, em caso de o Brasil "se 'desastrar', pode vir coisa muito pior".
Neste momento, Ciro listou quem poderia ser pior: "o (vice-presidente Hamilton) Mourão, o (ministro da Justiça) Sérgio Moro e a figura exótica de São Paulo (João Doria)".
Ao dizer que o País vive uma "tragédia", Ciro defendeu que a saída não virá pelo "petismo antigo".
"Perdemos as eleições por esse discurso (do petismo antigo). 68% dos paulistas são fascistas, são misóginos? Não é", disse.
Ciro voltou a dizer que não vai andar mais junto com o PT, mas reconheceu que é possível "trabalhar juntos por afinidade".
"Na eleição da mesa da Câmara, vimos que era uma oportunidade de influenciar e atenuar os danos, e decidimos apoiar o Rodrigo Maia. O PT não aceitou, mas depois viu que era uma opção. Fizemos ali um entendimento e ele tá cumprindo a palavra. Se não fosse este compromisso, eles estavam passando o trator na oposição", disse.
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