Por Nayara Figueiredo e Simone Cavalcanti
São Paulo, 09/11/2019 - Ao final de seu pronunciamento em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou o pedido de apoio à militância e afirmou que pretende fazer um novo pronunciamento ao povo brasileiro dentro de 20 dias. "Não queria fazer esse pronunciamento hoje, pois qualquer palavra mais dura que eu dissesse, já iriam falar que é ódio, raiva", afirmou.
"Precisamos da juventude na rua. Estarei na rua junto com vocês. Ou a juventude briga agora ou o futuro será um pesadelo", enfatizou em seu segundo discurso depois de ter deixado a carceragem da Polícia Federal (PF), ontem, em Curitiba (PR).
Junto a ele, Lula pede a presença da presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), senadora Gleisi Hoffmann, e do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad para seguir pelas ruas. "Vamos lutar pelos direitos dos trabalhadores. Se estivéssemos no governo, a Ford não teria fechado", exemplifica.
Para o petista, a militância da esquerda brasileira precisa seguir o exemplo dos povos do Chile e da Bolívia, e focar na resistência. Ele ainda ressalta que os deputados do PT devem brigar para impedir que a pauta do atual governo avance no Congresso.
Como próxima etapa judicial, Lula ressalta que quer o julgamento de um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF), anulando os processos dos quais é réu.
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