Por Silvana Rocha
São Paulo, 24/04/2021 - O coordenador do Centro de Contingenciamento da Covid-19 em São Paulo, João Gabbardo, afirmou há pouco, em entrevista à CNN Brasil, que das 46 milhões de doses da vacina Coronavac, do Instituto Butantan, contratadas com o Ministério da Saúde até final de abril, faltam 4 a 5 milhões de doses para fechar o contrato e devem ser entregues no começo de maio.
Segundo Gabbardo, no segundo semestre, a disponibilidade de vacinas será maior do que no primeiro semestre no País. "Um novo contrato de 54 milhões do Butantan com o ministério da Saúde depende de insumos da china. Mas como não houve atraso significativo na entrega pela China até agora, os 54 milhões devem ser entregues no prazo", prevê.
Há outras vacinas que podem reforçar o calendário de imunização do governo federal, afirmou. "Além dos imunizantes produzidos pela Fundação Osvaldo Cruz, a vacina russa Spunik V deve ser aprovada pela Anvisa, em breve, e a da Pfizer deve ajudar também. Com isso, pode ter entrada mais rápida da Sputinik V e deve acelerar a vacinação em alguns estados, disse.
No Estado de São Paulo, nesse momento, o objetivo é concluir a vacinação para 60 anos e começar a imunizar os trabalhadores de transportes coletivos, que têm maior risco diário de contaminação, acrescentou Gabbardo. Na Grande São Paulo, são emitidos 11 milhões de bilhetes de transportes coletivos diariamente, justificou. No início de maio, ele disse ainda que deve começar a vacinação de pessoas com 59 anos, com comorbidades e em hemodiálise e, depois, deve ser ampliada a vacinação na faixa abaixo de 59 até 50.