A CPRM (Serviço Geológico do Brasil) licitou nesta segunda-feira, 21, no Rio de Janeiro, o primeiro projeto no âmbito do Programa de Parceria de Investimento (PPI). Os direitos minerários do Complexo Polimetálico de Palmeirópolis (TO) foram arrematados pela empresa Perth Recursos Minerais, única participante da licitação, com oferta de royalty de 1,71% sobre o faturamento bruto, além de R$ 1,5 milhão em bônus para o governo de imediato.
A estimativa é de arrecadação total de R$ 15 milhões com bônus, pagos em três fases segundo o desenvolvimento do projeto: pesquisa, cessão do direito minerário e obtenção de portaria de lavra.
O critério para vencer o leilão era o de maior oferta de royalty e o piso era de 1,7%. A Perth é uma empresa constituída no Brasil, tem diretores australianos e capital do fundo MMH Capital, constituído em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
O grupo se comprometeu a investir R$ 12 milhões nos próximos três anos para o desenvolvimento de pesquisa mineral na área, mas as estimativas são de investimentos totais de R$ 255 milhões no longo prazo. Segundo a CPRM, no local poderão ser encontradas jazidas de chumbo, cobre, zinco e ouro.
A CPRM detém cerca de 330 processos minerários, divididos em 30 blocos. Escolhido como projeto piloto, o complexo polimetálico de Palmeirópolis compreende seis processos, totalizando 6.050 hectares.
Além do Complexo Polimetálico de Palmeirópolis (TO), outros quatro ativos minerais estão qualificados no PPI: Carvão Candiota (RS), Fosfato de Miriri (PE/PB), Cobre de Bom Jardim (GO) e Caulim do Rio Capim (PA).