Por Julia Lindner
Pequim, 26/10/2019 - Ao deixar a China, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o governo se prepara para enfrentar uma possível greve dos petroleiros nas refinarias. Embora critique o movimento, ele disse que está disposto a negociar. Bolsonaro avalia que uma greve como essa seria tão grave quanto a última paralisação dos caminhoneiros, em 2017.
“Estamos querendo alçar voo e uma greve nas refinarias complica isso tudo, pois seria tão grave quanto uma greve de caminhoneiros. Se parar o fornecimento de combustível, o Brasil para”, disse o presidente na saída do hotel.
Bolsonaro criticou a movimentação de grevistas em alguns estados do País. Para ele, a manifestação “é muito mais política do que uma manifestação salarial”. E também pediu “um pouco de sacrifício” da população.
“O Brasil está em uma situação ainda complicada, ressurgindo das cinzas. Pelo meu entender, há uma manifestação muito mais política do que reivindicatória salarial. É um momento em que todo mundo precisa fazer um pouco de sacrifício porque o Brasil está em uma situação complicada ainda”, disse.
O presidente contou que tem tratado do assunto com o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, e do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno. “Estamos nos preparando para enfrentar um momento.”, disse. “Nós temos que nos preparar como reagir caso se concretize uma greve. Estamos negociando. Está sendo negociado. Tem que ver a pauta deles.”