Por Denise Luna, Fernanda Nunes e Mariana Durão
Rio, 07/11/2019 - Depois de não ter conseguido vender todos os blocos no leilão de ontem, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) espera ter sucesso na 6ª Rodada de Partilha de Produção, que representa “o fechamento de um ciclo”, na avaliação do diretor-geral da agência, Decio Oddone.
“Pelo fato da Petrobras ter direito da preferência, já começo dizendo que é um sucesso”, disse Oddone ao chegar ao evento, que considera o leilão desta quinta-feira o encerramento da fase de “bônus bilionários”, um dos motivos para a frustração com o leilão de ontem, do excedente da cessão onerosa, quando foi vendido 66% do total esperado.
Segundo Oddone, somente com a venda dos blocos nos quais a Petrobras exerceu o direito de preferência no leilão de hoje - Aram, Norte de Brava e Sudoeste de Sagitário - o governo já vai arrecadar R$ 6,1 bilhões, ou 78% do total de R$ 7,8 bilhões.
“O bloco mais interessante do leilão de hoje é Aram, e a Petrobras é dona natural do bloco Norte de Brava, que vai ser licitado hoje”, avaliou Oddone.
Ele lembrou que Aram é o antigo bloco da Eni, que fez um lance histórico no início da década e depois voltou atrás, não assinado o contrato com a ANP. Já Norte de Brava fica próxima ao campo de Marlim, da Petrobras, que já tem equipamentos e facilita a operação.
Segundo ele, o governo brasileiro “não vai ficar licitando para sempre os blocos do pré-sal”, e em poucos anos virá a fase de produção das companhias que adquiriram blocos nos últimos leilões, que levarão o Brasil ao posto de quinto maior produtor de petróleo do mundo. "Vamos ver daqui para a frente é a consolidação do portfólio das petroleiras", afirmou.
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