Diante de uma economia ainda anêmica e sofrendo efeitos da variação cambial no período, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) registrou um prejuízo líquido de R$ 871 milhões no terceiro trimestre do ano, revertendo, assim, lucro de R$ 752 milhões no mesmo intervalo do ano passado e de R$ 1,894 bilhão no trimestre imediatamente anterior.
Além da variação cambial no período, pesou no resultado da CSN a atualização "de ações a valor justo". O investimento na Usiminas contribuiu para esse ajuste. A CSN possui cerca de 15% das ações ordinárias da concorrente e 20% das preferenciais.
A geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi a R$ 622 milhões, queda de 63% na relação anual e de 58% na trimestral. No ajustado, o número sobe a R$ 1,567 bilhão, queda de 4% ante o terceiro trimestre do ano passado e recuo de 34% na base trimestral.
A receita líquida da siderúrgica somou R$ 6,006 bilhões, queda de 3% na base anual e de 13% na trimestral. O Ebitda sofreu os efeitos da reforma de um dos alto-fornos da CSN.
A despesa financeira no terceiro trimestre do ano chegou a R$ 954 milhões, por conta da variação cambial no período.
Fraqueza
A demanda por aço segue fraca no Brasil. As vendas pela CSN caíram 17% na relação anual e 8% na trimestral, para 1,072 milhão de toneladas. As vendas de minério de ferro também caíram. O volume foi de 9,209 milhões de toneladas, recuo de 1% ante o mesmo período de 2018 e de 9% ante o segundo trimestre.