A Telefônica Brasil, dona da Vivo, viu a sua base total de acessos recuar 3,1%, para 93,722 milhões de usuários, na comparação entre o terceiro trimestre de 2018 com o mesmo período de 2019.
A diminuição foi registrada tanto no segmento móvel (-0,8%), que inclui as operações de celulares e outros dispositivos móveis, quanto no fixo (-10,8%), onde estão telefonia fixa, internet e TV por assinatura.
Segmento móvel
O segmento móvel teve baixa de 9,9% na base de clientes de planos pré-pagos (que chegou a 31,5 milhões), parcialmente compensada pelo aumento de 7,3% de planos pós-pagos (que atingiu 42,3 milhões).
A companhia reiterou seu foco em negócios de maior valor, fato que se refletiu nas desconexões de clientes pré-pagos não rentáveis e na migrações de clientes de pré-pago a pós-pago.
A operadora reportou ainda um avanço de 24% no setor de conexão entre equipamentos (machine-to-machine, ou M2M), para 9,4 milhões de acessos.
A receita média por usuário no segmento móvel subiu 6,4%, para R$ 29,4 por mês, sustentada pelos recentes aumentos de preços nos planos, compensando a diminuição na base total de clientes.
A receita líquida no setor aumentou 6,6%, para R$ 7,161 bilhões. Houve uma alta de 4,6% no faturamento com serviços, para R$ 6,516 bilhões, puxada por avanços de 5,5% na receita com dados e de 1,2% com voz.
A operadora ainda registrou um aumento forte de 31,5% na venda de aparelhos e acessórios, alcançando R$ 645 milhões, por conta da estratégia de ganhar representatividade neste mercado onde a empresa vê margem positiva e capacidade de atração de clientes.
Segmento fixo
Já o segmento fixo teve uma diminuição na base de clientes de todos as suas áreas: banda larga (-4,7%), TV por assinatura (-13,6%) e telefonia (-13,8%).
A Telefônica explicou que o recuo na base total do setor está relacionada à continuidade dos desligamentos de pontos de telefonia fixa somada à estratégia da companhia de cessar, desde o início do trimestre, as vendas de TV por assinatura na tecnologia DTH, modalidade de transmissão de televisão digital via satélite, mudando o foco para IPTV.
Em relação à banda larga, a Telefônica citou as desconexões de clientes xDSL, tecnologia que se baseava em fios de cobre. Em vez disso, a operadora tem investido na ampliação dos serviços de banda larga via fibra ótica (FFTH), com valor agregado maior.
Apesar do recuo da base de clientes, a Telefônica registrou um aumento na receita média por usuário nos segmentos de banda larga (alta de 11,6%, para R$ 66,3 por mês) e de TV por assinatura (alta de 4,3%, para R$ 105,7 por mês). Por outro lado, em telefonia fixa houve baixa de 7,7%, para R$ 35,2 por mês.
Já a receita líquida total do segmento fixou diminuiu 3,9%, para R$ 3,886 bilhões, impactada pela queda das receitas de voz e TV por assinatura, que é parcialmente compensada pela evolução positiva da receita de banda larga. A receita total com banda larga cresceu 7,5%, em TV por assinatura caiu 8,0% e em telefonia fixa teve contração de 18,8%.
A operadora reportou ainda que, no segmento fixou, a receita de dados corporativos e TI cresceu 12,9%, em função do bom desempenho das receitas de novos serviços no mercado corporativo (B2B), como dados, cloud, serviços de tecnologia da informação (TI) e vendas de equipamentos.