O Santander Brasil apresentou lucro líquido gerencial de R$ 3,705 bilhões no terceiro trimestre deste ano, cifra 19,2% maior que a registrada no mesmo intervalo de 2018, de R$ 3,108 bilhões. Ante o terceiro trimestre, o crescimento foi de 1,9%.
"Seguimos capturando resultados positivos do reposicionamento estratégico da organização, com rentabilidade em patamar elevado, aumento da base e da vinculação de clientes", destaca o Santander, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras.
O banco enfatiza ainda, no documento, que já vê sinais de melhoras da atividade econômica. E, que apesar do acirramento da competição, segue focado em aumentar sua participação de mercado de "forma rentável" e em buscar "constantemente a eficiência operacional".
A carteira de crédito ampliada do Santander Brasil atingiu R$ 408,686 bilhões ao fim de setembro, o que representa elevação de 3,7% ante junho. Em um ano, os empréstimos tiveram incremento de 7,3%. No conceito sem instrumentos de dívidas, o crescimento anual foi de 11,6%. Assim, o banco superou a meta de elevar sua carteira de crédito em média de mais de 10% ao ano até 2022, conforme projeções divulgadas no início do mês, durante o 1º Investor Day organizado pela instituição no País.
No terceiro trimestre, todas as modalidades de clientes impulsionaram a carteira de crédito do banco, que vinha sendo puxada por pessoas físicas e pequenas e médias empresas. Enquanto empréstimos para indivíduos cresceu 4,6% no terceiro trimestre ante o segundo, nos pequenos grupos corporativos a alta foi de 4,1% e no financiamento ao consumo de 3,7%. Grandes empresas, que vinham na contramão, tiveram aumento de 4,7%.
O patrimônio líquido do Santander Brasil era de R$ 71,993 bilhões ao fim do terceiro trimestre, aumento de 11,1% ante o visto em 12 meses. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) diminuiu 0,2 ponto porcentual no terceiro trimestre ante o segundo, para 21,1%. Em um ano, entretanto, melhorou 1,8 p.p.. O banco divulgou, durante o 1º Investor Day, que sua rentabilidade deve se manter ao redor dos 21% até 2022.
O Santander Brasil encerrou setembro com R$ 838,733 bilhões em ativos totais, montante 8,9% maior que o visto em um ano. Em relação a junho, teve leve alta de 0,3%.
Com o desempenho do terceiro trimestre, o lucro do Santander no Brasil que é atribuído ao grupo espanhol continuou a ser o maior entre as atividades do conglomerado no ano até setembro, com uma fatia de 29% do total. Essa parcela de contribuição vem se mantendo estável desde o início do ano. No fim de 2018, era menor, de 26%.
O Santander informa ainda que no terceiro trimestre fez algumas reclassificações entre linhas para melhor refletir o resultado de custos de instrumentos de dívida e despesas operacionais. As mudanças, conforme o banco, impactaram as linhas de margem financeira gerencial, receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias, despesas gerais, despesas tributárias e outras receitas e despesas operacionais.