Por Julliana Martins
São Paulo, 27/08/2020 - Exportadores norte-americanos venderam 11,2 mil toneladas de carne suína com entrega para o ano comercial 2020 para a China na semana encerrada em 20 de agosto, de acordo com dados do relatório semanal de exportações do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) divulgado nesta manhã. O volume é 72,3% superior ao comercializado na semana anterior, quando importadores chineses adquiriram 6,5 mil toneladas de carne suína norte-americana.
A China foi o principal destino de vendas de carne suína dos Estados Unidos na semana, com as compras correspondendo a cerca de 28% do total de 39,4 mil toneladas vendido pelo país. Em seguida, estavam México (10,7 mil t), Canadá (6,6 mil t), Japão (3,3 mil t) e Coreia do Sul (1,9 mil t), que compensaram os cancelamentos feitos principalmente por Nicarágua (200 t). Para 2021, contudo, foram vendidos 500 toneladas do produto para a Austrália.
O volume embarcado para a China, de contratos fechados anteriormente, foi o mesmo da semana anterior, de 9,5 mil toneladas no período. Os embarques totais da carne suína norte-americana somaram 32,6 mil toneladas, uma alta de 2% ante o reportado na semana passada, mas é 2% inferior em relação à media das quatro semanas anteriores. O país também embarcou volumes para o México (9,9 mil t), Japão (3,5 mil t), Canadá (3,2 mil t) e Coreia do Sul (1,5 mil t).
Exportadores norte-americanos ainda esperam realizar expressivas vendas para a China, não apenas por causa do acordo comercial firmado em janeiro deste ano, mas também porque o país asiático tem apresentado maior necessidade de importação de proteína animal, embora esteja recuperando o seu plantel após a epidemia da peste suína africana (ASF, na sigla em inglês). O acirramento das tensões entre as duas potências, entretanto, abre espaço para preocupações do mercado quanto ao cumprimento dos compromissos assumidos no âmbito do acordo.
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