Por Augusto Decker
São Paulo, 22/07/2019 - O CEO da BRF Lorival Luz afirma que o desejo de chegar a alavancagem abaixo de 2,5 vezes até 2020 "não constitui guidance", apenas ilustra "a intenção" de reduzir rapidamente o endividamento. A afirmação consta de esclarecimento a questionamento da B3, sobre entrevista ao jornal Valor Econômico de sexta-feira passada, na qual o executivo disse que queria antecipar a redução de endividamento.
No comunicado, Luz diz ainda que a meta de alavancagem em 3,65 vezes até o fim do ano "vem sendo perseguida pela administração da Companhia e informada ao mercado desde de junho de 2018", e que o guidance de alavancagem em 3,65 vezes ao final de 2019 foi informado em fato relevante de fevereiro passado.
Naquele documento foi informado pela companhia um adiamento de seis meses para o alcance das metas divulgadas em junho de 2018, cuja previsão era de um índice abaixo de 3 vezes em dezembro de 2019. "Ou seja, a intenção de se atingir um índice de alavancagem inferior a 3 vezes em 2020 já havia sido divulgada pela BRF. De qualquer forma, o índice de 2,5 vezes não constitui guidance da Companhia, tendo sido mencionado na Entrevista apenas para ilustrar a intenção de sua administração de acelerar o processo de redução de endividamento já amplamente divulgado ao mercado, aproveitando a tendência positiva de recuperação da rentabilidade", de acordo com a resposta divulgada há pouco.
Também Luz lembra no comunicado que já vinha afirmando que a companhia recuperaria a rentabilidade em 2019. E cita trecho do relatório da administração do primeiro trimestre de 2019, que afirma: "Acreditamos que estamos no caminho certo para atingimento do potencial máximo de rentabilidade da BRF. Ainda temos diversas frentes de atuação que irão contribuir para a expansão das nossas margens". Também ali consta que a companhia vinha observando redução de 6,7% no preço dos grãos desde o início do ano.
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