São Paulo, 09/10/2020 - O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio registrou alta de 6,75% de janeiro a julho de 2020 na comparação com igual período do ano passado, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). No desempenho mensal, o PIB do agronegócio cresceu 1,26%, sétima elevação consecutiva. O setor primário cresceu 2,95%, seguido por serviços (1,03%) e insumos (0,55%).
Conforme comunicado da CNA, o resultado foi puxado principalmente pela safra recorde de grãos, que tem garantido atendimento à crescente demanda internacional e ao mercado doméstico, e pelas exportações, diante do “efeito China”, que favoreceu a rentabilidade e a competitividade do setor com a desvalorização do real ante o dólar.
A atividade primária (dentro da porteira) ajudou a impulsionar o resultado nos primeiros sete meses, com crescimento de 18,46%. Serviços e insumos tiveram expansão de 6% e 2,4%, respectivamente. Apenas a agroindústria teve queda no acumulado do ano, de 0,37%, ainda reflexo dos efeitos da covid-19, sendo o elo mais afetado.
No ramo agrícola, o PIB teve alta de 4,3% nos sete primeiros meses do ano em relação ao mesmo período de 2019. O resultado reflete principalmente os preços mais altos, com destaque para café, milho, soja e trigo, assim como a expectativa de maior produção na safra atual, com uma safra recorde de grãos e expansão para produtos como café e laranja.
Já a cadeia produtiva da pecuária teve elevação de 12,25% de janeiro a julho, com expansão significativa em todos os elos, impulsionada pela valorização das proteínas animais, sendo que em julho o movimento de alta foi intensificado.