Agronegócios
13/12/2019 08:32

Sindirações: produção de alimentação animal pode fechar 2019 acima de 75 milhões de toneladas (+3,5%)


Por Nayara Figueiredo

São Paulo, 12/12/2019 - A produção de ração para a pecuária pode crescer cerca de 3,5% em 2019 e superar a marca de 75 milhões de toneladas, estimou nesta quinta-feira o CEO do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), Ariovaldo Zani. A projeção supera as expectativas iniciais da entidade, divulgadas em julho, que apontavam para um aumento de 2,1% no volume produzido no ano, a 73,7 milhões de toneladas. Os dados consideram a fabricação de alimento e sal mineral.

Segundo o executivo, sazonalmente a demanda da indústria de carnes para ração se acentua no último trimestre e o cenário positivo para o setor de proteína animal tende a se estender para o ano que vem. “A tendência é que a procura dos fabricantes de ração por farelo de soja e milho aumente, impulsionada pelo bom momento das carnes, tanto na exportação quanto na perspectiva de recuperação do mercado interno”, estima. Neste contexto, Zani acredita que os fabricantes do setor devem consumir, em média, 50 milhões de toneladas de milho em 2020.

“Tendemos a pensar em uma projeção de crescimento para 2020 na indústria de ração. Meu número é modulado pelo desempenho da indústria de proteínas de origem animal”, enfatiza o executivo. Nesta quinta-feira, mais cedo, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) estimou que a produção nacional de carne de frango deve fechar 2019 com avanço de 2,3% no comparativo anual, para 13,15 milhões de toneladas e, no ano que vem, a perspectiva é de crescimento entre 4% e 5%. O segmento de frango de corte é o principal consumidor de ração animal do País, responsável pela produção de 24,6 milhões de toneladas do alimento no acumulado de janeiro a setembro.

Ainda de acordo com Zani, o confinamento de gado cresceu nesse ano, ajudou a impulsionar o segmento de alimentação animal e também há projeções positivas nesta área para 2020. Dados da Associação Nacional de Pecuária Intensiva (Assocon) indicam que 2019 terminará com, aproximadamente, 3,57 milhões de bovinos confinados, alta de 5% em relação a 2018. O resultado tem como base a apuração feita pela entidade em 1.400 unidades de confinamento no País.

Custo

No que se refere à aquisição de insumos, o executivo do Sindirações alerta que o câmbio acima de R$ 4,20 preocupa o setor, pois diversos itens utilizados na fabricação dos alimentos de animais vêm do mercado internacional. “Boa parte do que a gente usa nas rações é importada, como os aditivos. Isso (dólar alto) gera preocupação”, afirma. No pregão de hoje, o dólar oscilou com boas notícias internas e externas e desceu a R$ 4,0935, bem próximo do menor nível desde 7 de novembro passado (R$ 4,0930). Na máxima do dia, no entanto, a moeda norte-americana chegou a tocar os R$ 4,13 e, em 2019, há valorização acumulada de 5,74%.

Contato: nayara.figueiredo@estadao.com
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